link href='http://fonts.googleapis.com/css?family='Manhattan+Darling' rel='stylesheet' type='text/css'/> Mistura Cacheada: Dia da consciência negra | Minha história

20 novembro 2014

Dia da consciência negra | Minha história

Essa semana assisti em um programa de televisão falarem sobre a discriminação sofrida por modelos plus size em Brasília, desde então tenho pensado em falar sobre o assinto por aqui, mas o que tem isso haver com a data? Simplesmente porque eu vou falar por uma situação que eu mesmo já sofri, o preconceito com o negro na nossa sociedade.


Sabe por que estou aproveitando esse dia para falar sobre isso? Porque esse dia é comemorado o dia da Consciência Negra, ou seja, um dia para pensar na inserção do negro na sociedade brasileira e essa data condiz com o dia da mote de Zumbi dos Palmares, que era um dos líderes do Quilombo. Costuma-se relembrar nessa data a resistência negra a escravidão.


Sei que pode ser um assunto um pouco pesado, mas vem comigo que não vai ser ruim não.


Dentro do meu circulo social eu nunca tive problemas em relação a discriminação, pelo menos não até a adolescência,  essa fase é onde os comentários começam a ter um sentido mais pejorativo, e acredito que assim como muitas meninas o que eu mais sentia na pele, os comentários vinham pelo fato do meu cabelo ser cacheado. Uma pessoa que está começando a formar uma personalidade e ouve coisas negativas a seu respeito, a única solução é tentar mudar e foi isso que fiz. Durante um tempo da minha vida fui uma pessoa diferente para me encaixar na sociedade padrão.




[caption id="attachment_178" align="aligncenter" width="640"]discriminação Fonte: http://olhandoatento.blogspot.com.br/2012/09/no-dia-da-independencia-pense-bem.html[/caption]

Mas ser do jeito que os outros queriam e não de fato como eu realmente era me cansou. Posso dizer que foi nessa época que o pior comentário surgiu, o único que realmente doeu, ao assumir quem eu realmente era, tentando encontrar novamente minha personalidade fui apelidada de poodle por um grupo na escola. E o pior ainda, no dia da minha formatura, ainda fizeram questão de latir, e não isso não foi coisa de crianças, foi de adolescentes que sabem muito bem o que fazem e porque fazem.


Depois de ter superado isso, de tantos outros comentários, tanto outros olhares, sempre me ficou uma questão. Por que julgar uma pessoa simplesmente por ela ser o que ela é?


Por que rir de uma pessoa que está acima do peso, uma pessoa que possui uma deficiência física, por não saber das coisas, por ter uma cor de pele diferente? Acredito que todos nós somos iguais, independente de cor, raça, credo ou religião, somos todos seres humanos. Ter algo "melhor" que os outros não te faz superior.


Se pararmos para analisar hoje esse tipo de comportamento vem surgindo cada vez mais cedo, numa sociedade em que informação se encontra em todo lugar, se encontra ainda pessoas agindo de tal maneira e pior ainda, ensinando seu filho a agir igualmente. Muitas vezes achamos que o bullying é algo normal de crianças, mas preste atenção no que elas dizem, não é comportamento normal de uma criança, elas repetem o que os pais ensinam, o que eles mesmos falam.


Desculpem se acabou se tornando um pouco um desabafo, se você pensa de outra forma, mas acredito que como o blog é uma extensão da minha personalidade, uma hora ou outra, aqui ou em outro lugar, eu teria de compartilhar com vocês esse meu pensamento. E eu convido você a pensar um pouco sobre esse assunto também, qual sua participação nisso tudo.


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2 comentários:

  1. Oi Débora, tudo bem? Acho que vc está super certa por usar o espaço do blog para tocar nesse tipo de de assunto. Acho inadmissível ainda haver preconceito. Pra mim não dá mesmo!! Adolescentes que tem atitudes preconceituosas são resultado de uma infância sem limite nesse sentido. Você é linda como é e super inteligente por saber seguir em frente atropelando esse tipo de situação. Beijo grande!!

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  2. Oi Pryscila, tudo sim e com você?
    Fico feliz que tenha gostado, eu penso que o blog é um meio de transmitir experiências, não contar só coisas boas, mas as coisas ruins também.
    Concordo com o que você disse, mas infelizmente nossa sociedade parece não estar preparada ainda para esse tipo de coisa.
    Obrigada pelo seu apoio e pelo seu comentário.

    Beijo linda.

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